Como mencionamos em publicações anteriores, Arequipa possui o cenário colonial mais fascinante do país, visualmente falando, com belas construções neorrenascentistas e ruas de paralelepípedo. Da mesma forma, também detém uma joia preciosa escondida à vista de todos, bem no coração do centro da cidade. Mas não se preocupe, aqui te contaremos tudo a respeito!
O Mosteiro de Santa Catalina é a maior construção colonial do Peru, o local cobre uma extensão de 20.000 m², uma cidade dentro da cidade que foi perfeitamente isolada da agitada Arequipa, apesar de estar situada em uma localização tão central. Este torna-se um local ainda mais curioso a cada nova informação compartilhada.
O complexo religioso abrigou 300 mulheres desde o século XVIII, e foi somente em 1970 que o convento finalmente abriu suas portas ao público, revelando o surpreendente estilo arquitetônico colonial que ficou escondido por cerca de 390 anos!
Atualmente, este é um atrativo turístico pago e é um dos lugares mais procurados da Cidade Branca de Arequipa para visitas turísticas. Por esta razão, nós decidimos escrever uma seção inteira dedicada a este famoso santuário, onde história e cultura têm prevalecido até os dias de hoje.
Andar por seus corredores estreitos e coloridos te levará em uma viagem no tempo através deste mosteiro tão “instagramável”. Então, se você já gostou de tudo que falamos até aqui, continue lendo e seja ainda mais surpreendido pelos segredos do majestoso Monastério Santa Catalina.
O Mosteiro de Santa Catalina foi fundado por Vice-rei Francisco Toledo em 1579, junto a uma mulher devota muito rica chamada Doña María de Guzmán, uma viúva que doou todos os seus recursos para se juntar ao convento.
Doña María de Guzmán foi a primeira habitante do Mosteiro de Santa Catalina, e foi somente em outubro de 1580 que ela foi reconhecida como a fundadora do convento. Da mesma forma, muitas outras mulheres se juntaram ao mosteiro e esta população foi aumentando constantemente pelo século XVIII.
Cerca de 300 mulheres devotas chegaram a viver completamente isoladas do mundo nestas instalações. As mulheres que entraram neste convento como freiras eram crioulas e mestiças pertencentes a famílias ricas. Além disso, a história também conta sobre a entrada de “freiras pobres” que, sem dinheiro para pagar o dote, se juntaram ao convento para exercer suas virtudes.
O Mosteiro Santa Catalina era um mistério para o resto da cidade, já que suas imponentes paredes de 4 metros mantiveram seus segredos muito bem guardados daqueles que viviam no mundo do lado de fora. No entanto, somente em 1970, o mosteiro abriu suas portas ao público, fazendo deste um museu vivo, embora um pequeno grupo de freiras ainda vivam na área norte do complexo.
Como mencionamos anteriormente, o estilo arquitetônico do complexo é incomparável. O mosteiro é um dos exemplares perfeitos do uso de silhar branco na arquitetura colonial, já que praticamente toda construção é feita deste material.
Para aqueles que não sabiam, o silhar é uma pedra vulcânica encontrada nas pedreiras dos vulcões que ficam próximos da cidade. Diferente de outras estruturas de Arequipa, o Mosteiro de Santa Catalina foi construído com o silhar branco do Vulcão Chachani e silhar rosa do vulcão Misti, que fica ao sul da cidade.
O convento é composto de inúmeros corredores estreitos pintados com cores vibrantes como amarelo, azul e vermelho, assim como os pátios pitorescos complementados com paredes semelhantes a uma fortaleza. O complexo por si só é uma obra prima da arquitetura colonial, um trabalho de arte preservado por séculos.
No entanto, a estrutura foi atingida por terremotos inúmeras vezes, até mesmo no início da construção, porém, as partes mais danificadas foram reconstruídas e algumas delas permaneceram intactas desde então.
Antes da abertura para o público, o Mosteiro Santa Catalina foi restaurado para destacar a autenticidade colonial do lugar, mantendo suas características originais. O complexo religioso é composto por ruas estreitas, pátios, jardins de flores, dormitórios, salas de estar e muito mais.
- Entrada do Mosteiro: A porta de entrada é adornada com um relevo de Santa Catalina de Siena, esculpida em uma sólida parede de silhar que cerca todo o bloco.
- O Pátio do Silêncio: Este era um espaço especial, no qual as freiras costumavam se reunir para rezar para o santo Rosário e ler a bíblia em completo silêncio.
- Claustro das Laranjeiras: O local deve seu nome às laranjeiras que crescem aqui. Ele é composto por 3 cruzes localizadas no meio do claustro, onde as freiras representam a Paixão de Cristo toda Sexta-feira Santa.
- Claustro Principal: É o maior pátio do mosteiro, construído entre 1715 e 1723. O lugar é adornado com belas pinturas relacionadas à preparação, ensino e catequização das freiras. Existem 23 pinturas que fazem referência à vida da Virgem Maria e 9 são relacionadas à vida pública de Jesus.
- Cozinha: É uma das cozinhas mais antigas do Mosteiro que, de acordo com historiadores, poderia ter sido destinada para ser uma capela.
- Torre do Sino: A distinta torre foi construída em 1748, é composta de 4 sinos localizados em frente às ruas que cercam o mosteiro.
- Igreja: É uma bela e antiga igreja com uma nave longa e uma cúpula meio alaranjada, que possui uma construção básica distintiva dos anos 1660.
O Mosteiro de Santa Catalina está localizado no Centro Histórico de Arequipa, a poucos blocos da Plaza de Armas. O local se configura como um atrativo turístico pago e atrai milhares de visitantes por ano.
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