Se você está acompanhando nosso guia de viagem por Nazca, certamente já leu sobre as famosas Linhas de Nazca e sobre sua grande protetora, Maria Reiche. Nesta matéria, dedicaremos nossa atenção ao admirável trabalho desta mulher que, também chamada de “Dama do Deserto” dedicou sua vida a desvendar um dos maiores enigmas de nossas terras.
Como você já deve ter lido por aqui, os incríveis geoglifos de Nazca são uma das maravilhas do antigo Peru, e esta mulher realmente icônica é responsável pela conservação e pelas investigações sobre este enigma.
Maria Reiche, nasceu na Alemanha e foi uma importante matemática e arqueóloga, que encontrou sua real vocação escondida no vasto deserto peruano.
Embora as Linhas de Nazca tenham sido estudadas por cerca de 80 anos, não há teoria definitiva sobre o que, de fato, estas figuras poderiam ter sido durante a era pré-colombiana. Entretanto, o trabalho árduo de Maria Reiche tem gerado maior conscientização sobre estas linhas.
Para aqueles que talvez ainda não saibam muito a respeito deste grande enigma, as Linhas de Nazca são um grupo de figuras gravadas nos pampas de Nazca. Existem cerca de 1.000 geoglifos espalhados por toda a região.
As famosas gravuras foram estudadas por muitos arqueólogos nacionais e internacionais, mas foi Maria Reiche quem se comprometeu até os últimos dias de sua vida a promover a preservação e gerar conscientização deste local histórico.
A Casa Museu Maria Reiche reúne praticamente todos os documentos sobre sua expedição de 50 anos pela região de Nazca. Um museu que um dia foi a casa desta arqueóloga renomada. Continue lendo e saiba mais!
Maria Reiche, nasceu na Alemanha, mas é uma matemática peruana que dedicou cerca de 50 anos de sua vida aos estudos e conservação das Linhas de Nazca. A pesquisadora se formou na Universidade de Tecnologia de Dresden, na Alemanha, e mais tarde se mudou para o Peru para ser tutora dos filhos do cônsul da Alemanha.
Maria Reiche ficou fascinada pela cultura peruana durante sua passagem pelos Andes, por isso, em 1937 tomou a decisão de ficar no Peru e nunca mais voltou à sua cidade natal, que também havia sido destruída durante a guerra.
A matemática alemã morava em Lima, onde trabalhava não somente como professora de ginástica, de alemão e de inglês, mas também como tradutora e conservadora no Museu Nacional de Arqueologia de Lima. Nestes contextos, Maria Reiche encontrou o Professor Paul Kosok, que mais tarde a levou para a sua primeira expedição nas Linhas de Nazca.
Maria Reiche se juntou à equipe do Professor Kosok em 1939, que a levou para o maior projeto de sua vida. Ela assumiu o projeto sozinha – mesmo se mudando para uma casa no meio do deserto. E passou cerca de 50 anos estudando e explorando os pampas de Nazca, buscando por um significado para estas antigas figuras.
Esta renomada pesquisadora acreditava que as Linhas de Nazca eram um tipo de calendário, usado pelo povo como uma forma de ter controle dos eventos astronômicos, como os solstícios, por exemplo, e muitos outros. No entanto, esta teoria foi descartada posteriormente, após novas investigações no local.
Apesar disso, o trabalho árduo de Maria Reiche possibilitou o reconhecimento das Linhas de Nazca como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO, em 1994. Apenas 4 anos depois, em 1998, Maria faleceu devido a complicações causadas pelo câncer e foi enterrada em sua casa no deserto.
Como mencionamos antes, o museu foi organizado na mesma casa onde Maria Reiche viveu durante seus anos no Peru. Este local também foi seu centro de pesquisa e lar por cerca de 50 anos. O local está situado a 421 km da rodovia Panamericana Sur, quase 27 km de distância da cidade de Nazca.
O Museu Maria Reiche possui todas as informações e documentos sobre sua pesquisa reunidos em um único lugar, tudo feito pela Dr. Maria Reiche Newman, entre estes encontram-se mapas, aviões, fotografias, múmias e artefatos arqueológicos. O corpo desta importante arqueóloga encontra-se também no mesmo local.
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